sábado, 5 de novembro de 2011


Refletindo sobre leitura e escrita digital

Com relação ao papel da leitura e da escrita na escola, consideramos como um dos ganhos no uso da leitura e escrita digital, a possibilidade de se ter em mãos diversos gêneros textuais, poder utilizar dicionário, imagens, sons, gráficos, tabelas, organogramas, corretores ortográficos, além de estimular a criatividade na produção e designer do seu texto, onde tudo é processado simultaneamente.
Já uma grande perda é realmente é a estética da letra manual onde quase nada se entende do que foi escrito, sem contar com a disseminação do plágio que tem levado o cérebro à unidade de terapia intensiva, ou seja, pré-morte cerebral.
É mister que no cotidiano escolar, o professor seja mais atento a estas questões e insista na produção oral e textual manual como forma de minimizar estas perdas e incentivar seus aprendentes na criatividade intelectual em suas produções digitais.

Relação Tecnologia-Escola-Sociedade


Vivemos numa sociedade que definitivamente propaga de maneira liminar e subliminar ou até hipnótica a filosofia de vida pautada no TER em detrimento do SER, levando toda a população, de crianças a adultos, a consumirem para viver. E, quando olhamos para “as(os) bonecas(os) em série” que são nossas crianças em sua grande maioria, pensamos: O que esperar do futuro? Haverá futuro? Ou Quem serão os cidadãos do futuro?
Começando pelo âmbito educacional, teremos adultos alienados, imaturos, inseguros, incapazes de criar, imaginar, produzir intelectualmente, ou seja, psicologicamente desajustadas. Quanto à saúde, pessoas doentes por consumirem apenas produtos industrializados, entre outros.
Enquanto educadores, é mister trabalharmos intensa e maciçamente com nossos aprendentes, independente de sua idade, esta questão em toda sua amplitude.
As TIC’S tem nos levado a um conhecimento enorme e rápido, porém tem conduzido também à destruição em grande escala. Chats, blogs, comunidades, jogos, etc., tanto servem de diversão e socialização virtual como também produção em massa de viciados, causando assim um dos transtornos mental e comportamental do século. A falta de limite e controle dos pais para com os filhos tem ajudado muito para a propagação desta catástrofe humana.
Levando em consideração o processo da revolução industrial, a ganância pelo consumo tem destruído não só o ser humano, mas também o planeta, que caminha para uma insustentabilidade irreversível, apesar de tantas campanhas e grupos de preservação ambiental.
Precisamos encontrar o ponto de equilíbrio entre o conforto produzido pela tecnologia, a superação de obstáculos na vida profissional, na acessibilidade a todos os cidadãos e tantos outros benefícios trazidos por ela em contraposição com a dependência fascinante e doentia causada nas pessoas desde a infância até a idade adulta, canalizando assim, essa necessidade de conhecimento e atualização como implementação da educação, levando-a a transformação de um simples espaço físico lecionador em um centro articulador da realidade humana sociável.